Tutoriais

Digitalizar película p&b

Na fotografia analógica, a digitalização tem um papel bastante importante.  Um manuseamento descuidado da película ou uma digitalização desleixada pode comprometer todo o processo. Este tutorial pretende dar algumas dicas para tirar o máximo partido do scanner, sem deturpar as características do filme e o look que tanto gostamos, independentemente do modelo de scanner.

Vamos lá então:

 

Escolha do scanner

Este é provavelmente o primeiro dilema com que as pessoas se deparam. Existem milhares de tópicos na internet sobre isto, mas a meu ver não vale a pena perder tanto tempo na escolha.

Se só fotografas em 35mm, recomendo um scanner dedicado como os Plustek - são mais compactos, não precisam de limpeza regular, bons suportes de filme (mais adiante) e têm imensa qualidade para o preço.

scanner plustek

Plustek 8100

 

Para quem fotografa tanto 35mm como médio formato, a escolha mais sensata será um scanner flatbed da Epson ou da Canon (próprios para digitalizar negativos). Para médio formato têm qualidade mais que suficiente, para 35mm são um bocado suaves.. no entanto, conseguem-se arranjar a muito bom preço. Outro bónus é que podem digitalizar impressões.

Acima de tudo, evitar os scanners realmente baratos - a longo prazo, vais começar a notar que a qualidade não é suficiente e vais acabar por comprar um melhor - desperdiçando assim dinheiro que podia ter sido gasto em algo melhor (rolos, livros, cerveja, whatever).

 

Sistema operativo

Pela minha experiência, os scans ficam muito melhores se forem feitos num Windows. Não sei porquê, mas é assim. Se não tiverem um PC velho por casa, dá para arranjar um ultra barato usado, formato-lo e usá-lo apenas para este fim. 

Estação de trabalho com PC com Windows XP e scanners

 

Suportes

Outra coisa que afecta imenso a qualidade das digitalizações é o suporte do negativo no scanner. Os originais da Epson por exemplo, fazem com que o negativo não fique totalmente plano, o que se traduz imediatamente em scans parcialmente desfocados.

Há suportes caríssimos no mercado (alguns mais caros que o scanner em si), mas há formas de contornar o problema de forma mais barata: No meu Epson uso o Digitaliza 120, que permite digitalizar uma tira de médio formato de cada vez e mantém o negativo muito plano; Para 35mm também existe um Digitaliza próprio, mas nunca experimentei; há também a hipótese de comprar um vidro de moldura (de preferência com tratamento para evitar os Newton Rings), para “espalmar” o negativo contra o scanner, mas implica ainda mais cuidados com a limpeza das superfícies antes de digitalizar, o que nos leva para o assunto seguinte.

 

Limpeza

O maior pesadelo. Se tivermos em conta que os negativos são relativamente pequenos, qualquer poeira ou pêlo vai ficar bastante visível quando ampliada. No entanto, é muito mais fácil evitar pó antes de digitalizar do que tirá-lo no computador. 

O que fazer então? 

O primeiro passo é evitar que o pó vá para o negativo. Parece óbvio, mas para quem revela em casa há que ter especial cuidado: 

 - Lavar o negativo em água destilada antes de pôr a secar para evitar manchas; 

 - Deixar o filme a secar na casa de banho (para evitar o pó das cortinas e dos tapetes do resto das divisões), com a janela fechada; 

 - Usar roupa lavada e bem sacudida, e arregaçar as mangas; 

 - Manusear os negativos com cuidado e não tocar na fotografia com as mãos (deixam gordura no negativo, difícil de tirar);

Para quem manda revelar fora, se o trabalho do laboratório for bem feito o negativo deverá vir limpo e sem manchas, pelo que basta não o sujar em casa :)

Mas claro, vai sempre alguma coisa e convém limpar o negativo antes de digitalizar. Antes de mais, é importante ter um pano de microfibras e um soprador potente. Não esquecer também de limpar os vidros do scanner (tanto o superior como o inferior).

Soprador giottos

Soprador Giottos - indispensável

 

Sempre que não estou a usar os scanners, cubro-os com uma manta para evitar que apanhem pó. Assim, sempre que preciso de os usar só tenho de garantir que continuam limpos e posso logo começar a digitalizar.

Para além disso, pelo menos uma vez por ano costumo desmontar o scanner para limpar o vidro por dentro, porque ao longo do tempo acumula algum pó e condensação no interior. É só desapertar alguns parafusos e limpar o vidro com cuidado com um pano suave e um pouco de Ajax.

 

Software

Ok, já temos o scanner limpo e pronto, ligado a um computador. Falta arranjar um programa para digitalizar as fotos. 

Existem várias alternativas, desde o software que vem com o scanner (Epson ou Canon), a softwares de empresas externas como a Silverfast e o Vuescan. O meu Plustek veio com o Silverfast, mas sinceramente prefiro o software da Epson, por ser mais fácil e relativamente intuitivo de usar (o da Canon nunca experimentei, mas deve ser semelhante ao da Epson).

Alguns programas trazem dezenas de opções e funções, mas acho que a melhor opção é sempre conseguir o scan mais básico e limpo no programa, depois corrigir o que for preciso num programa dedicado (Lightroom, por exemplo).

 

Definições no programa

Agora sim, está tudo pronto. O primeiro passo é fazer um pre-scan, para escolher os negativos que vamos digitalizar. 

Depois disso, é preciso marcar os cantos do negativo, para definir a área que vai ser digitalizada. Gosto imenso de digitalizar as bordas pretas do negativo, mas para quem fotografe a cores desaconselho fazer isto, porque baralha a auto-exposição do programa e troca as cores todas à fotografia. Para preto e branco desde que as margens sejam pequenas não tem nenhum problema.

definicoes

Janela de definições da digitalização. Como disse, não uso nenhuma das funções extra do programa. Sharpening desligado, redução de pó desligada, etc..

 

Quanto à resolução costumo usar 1200 dpi para médio formato no Epson e 2400 dpi para 35mm no Plustek. Mais resolução que isto na maioria dos scanners só serve para aumentar o tamanho do ficheiro, não se traduzindo num aumento de qualidade.

A maioria dos scanners não permite guardar um ficheiro RAW, mas permite guardar um ficheiro TIFF (sem perda de qualidade comparado com um Jpeg), que pode ser útil na fase da edição.

 

Histograma

Agora a parte mais importante e o principal motivo para eu ter feito este artigo - a forma mais natural de obter um ficheiro do scanner é controlar manualmente os níveis de entrada e saída.

A auto exposição do scanner faz com que ele crie uma curva pré-definida de tons, tirando muita margem de manobra na edição e resultando em fotos com um ar pouco natural.. a melhor forma de resolver este problema é utilizar o histograma no software e definir para valor de preto e de branco de entrada as “pontas” do histograma; O ponto neutro deve ser 1.00 para criar uma curva natural. E os valores de saída devem ser 0 (preto) e 255 (branco). 

 

Histograma do software epson

Tão simples quanto isto!

 

Por vezes o scan fica com um ar “deslavado”, com pouco contraste ou um bocado escuro. Mas isso pode ser corrigido no Lightroom, e o resultado será muito mais natural que o que sairia do scanner com as definições normais. 

 

Edição

Ok, chegados a este ponto já temos um negativo digitalizado, com boa gama de tons e sem muito pó. No entanto, a digitalização pode estar algo “plana”, precisamos de lhe devolver algum contraste; e por mais que nos esforcemos, há sempre algum pó que teima em aparecer.

O primeiro passo depois de importar a fotografia para o Lightroom é limpar o pó que ainda sobrou. Felizmente o programa tem uma ferramenta própria, que evidencia os pontos brancos e facilita a sua remoção - é a 2ª ferramenta por baixo do histograma, canto superior direito do Lightroom, juntamente com o parâmetro “Visualize Spots”, por baixo da imagem.

Lightroom

Mesmo com todo o cuidado na limpeza do negativo, sobram sempre alguns pontos que podem ser removidos facilmente.

 

Para dar algum contraste à imagem (sem perder informação tanto nos pretos como nos brancos), utilizamos novamente a informação do histograma (canto superior direito) e a curva de tons (Tone Curve).

A primeira coisa que costumo fazer é ligar os avisos de clipping (aquelas duas setas no histograma), que avisam quando se começa a perder detalhe nas sombras e nas luzes.

Pormenor lightroom

Histograma e curva de tons e S (exemplo)

 

De seguida, na curva de tons arrasto os dois cantos horizontalmente até ao limite de começarem a aparecer áreas coloridas (as tais que ficam ou 100% preto ou 100% branco). Desta forma definimos o valor máximo de preto e de branco da imagem.

O último passo (por vezes desnecessário) é aumentar o contraste nos meios tons da imagem. A forma mais natural e controlada de o fazer é criar um ligeiro “S” na curva de tons (ver imagem em baixo). Depois disso, desligar os avisos de clipping e avaliar se a fotografia está como queríamos.

O passo final é exportar a imagem e pronto! 

 

 

 

Referências:

Artigo base em inglês

Digitalizar usando apenas a cor verde do scanner

 

Epson V 500 na Amazon.co.uk

Canon Canoscan 9000F MARK II na Amazon.co.uk

Plustek 8100 na Amazon.co.uk

 

 

Um agradecimento especial ao Bruno Candeias, todas as fotos da sua autoria e publicadas com permissão (fotografia do cabeçalho: Fuji GA645W e TriX revelado em Xtol 1+1, digitalizado num Epson V500 a 1200dpi) . 

 

via www.blog.brunocstreet.com

Revelar película p&b em casa

Material necessário para revelar pelicula p&B

 

Revelar película em casa não é uma tarefa difícil, mas exige concentração e cuidados nos pormenores. Não é alquimia, nem uma ciência oculta, e pode ser feita de milhões de modos diferentes. Este artigo serve apenas como guia.


Quanto mais controle houver nas variáveis (temperatura, tempos e forma de agitação), mais fácil será fazer despiste de problemas. Limpeza do equipamento e organização são fundamentais.


Não é necessária uma câmara escura, bastando um local com água corrente e esgoto.

 

Material fundamental:

> Tanque e espiral
> Revelador de filme
> Fixador
> Termómetro (de mercúrio ou electrónico)
> Tesoura
> Abre cápsulas
> Cronómetro
> Provetas graduadas
> Pinças para suspender a película
> Folha arquivadora

 

Material  facultativo

> Escorredor
> Agente molhante
> Banho paragem
> Extractor de película
> Telemóvel  com massive dev chart

 

 

Procedimento

1- Carregar o filme na espiral

Este passo tem de ser realizado em total escuridão (uma pequena casa de banho por exemplo).  Precisamos do rolo e do tanque, de tesouras e do saca cápsulas. Disponha os itens de um modo lógico, para que possa encontrá-los facilmente no escuro. Convém treinar esta operação com um filme exposto ou estragado, porque é normal uma pessoa atrapalhar-se no escuro, entrar em pânico e arruinar o processo.

Cuidado com as dedadas no filme.

 

tanque espiral, filme e tesouras

 

 

 

 

 

cortar a ponta do filme

 

 

1.1- cortar a ponta do rolo e, no fim, aparar as pontas 2mm para prevenir que o filme fique preso na espiral.

a enfiar na espiral

 

 

1.2- Depois, com cuidado, enfie a ponta do rolo na espiral.

carregar na espiral

 

 

1.3- Quando uma porção do filme já estiver na espiral, introduzi-lo rodando a espiral...esq+dirta+esq+dirta.

cortar pela cassete

 

 

1.4- quando o filme estiver todo na espiral, cortar a ponta e avançar mais um pouco.

fechar o tanque 

1.5- colocar a espiral no tanque e fechar com segurança.

 

2 - Preparar os químicos

 

Antes de manusear os químicos, atenção a:
- evite contacto dos químicos com pele e olhos.
- mantenha a zona de trabalho limpa e arrumada. Limpe  imediatamente qualquer derrame.
- mantenha o material limpo e nunca misture químicos.
- é aconselhável o uso de luvas e avental.

 

E agora, que revelador vou usar?
É necessário escolher o revelador mais adequado para a película, para as condições em que se fotografou, e o tipo de negativo que se prefere. Outro factor com interferência nesta escolha prende-se com a utilização de uma solução concentrada que se utiliza uma só vez, ou  de uma solução de longa duração, que se usa várias vezes (aumentando os tempos gradualmente).
Deve começar-se utilizando o revelador aconselhado nas instruções que acompanham a película. Um revelador que pode ser usado diversas vezes, como o TMAX dev (diluição 1+4 )ou o HC110 (1+15) é muito versátil, e pode empregar-se na maior parte das películas e objectos de meios-tons.

 

medir os quimicos

 

 

2.1-Misturar os químicos (banho de paragem e fixador) de acordo com as recomendações do fabricante. Fazer 1L de solução e reservar em frascos próprios.

 

Neste caso, para 1L de fixador diluem-se 200ml de Ilford Rapid Fixer com 800ml de água (1+4); para o banho de paragem diluem-se 50ml de químico concentrado para 950ml de água (1+19)

 

Não use recipientes alimentares sob perigo de intoxicação.

revelador+stop+fixador

 

 

2.2- Prepare a quantidade de revelador, banho de paragem e fixador necessária para cobrir totalmente o filme no tanque em recipientes diferentes.

 

Esse valor encontra-se normalmente no fundo do tanque.

 

Neste caso, para um tanque JOBO 1510 são necessários 250ml para processar uma película de 35mm.

 

 

verificar temperatura

 

 

2.3- Faça chegar os químicos a uma temperatura de 20ºC, colocando-os num banho-maria. (Geralmente os tempos do revelador são dados para 20ºC*, se a temperatura for maior o tempo da reacção será menor e vice-versa). Essa informação normalmente vem na ficha técnica do produto, pode consultar várias fichas técnicas de reveladores aqui.

 

Se a temperatura ambiente for inferior a 18º ou superior a 22, encha um recipiente com água a 20º e mergulhe o tanque ai nas pausas do processo. 

 

3- Processar

 

Pré-lavagem: sim ou não? Como todos os os passos deste guia é aconselhado para cada revelação a familiarização com os manuais técnicos do revelador/película. Enquanto que algumas películas (como o TriX ou o Tmax) aconselham a pré-lavavem à mesma temperatura do processo; outras (HP4+) desaconselham a pré-lavagem. 

Já temos os químicos medidos e à temperatura correcta, vamos começar a revelar!
Prepare o temporizador, inicie-o quando começar a verter o revelador para dentro do tanque.

 

a verter o revelador

 

 

3.1- Verter rapidamente o revelador para o tanque, feche-o e bata 3 vezes na bancada para remover bolhas de ar que se possam ter formado.

 

a inverter o tanque

 

 

3.2- Comece imediatamente a agitar o tanque.

 

Há várias técnicas para agitar, vamos usar o método mais universal:
-agitação inicial durante o primeiro minuto;
- a cada minuto 3 inversões suaves que durem 10-15s depois de cada agitação bater 3x na bancada para remover bolhas de ar.

 

a esvaziar o tanque

 

 

3.3- 10s antes do tempo do revelador acabar despeje de volta para o  recipiente.

verter stop

 

 

3.4- Imediatamente depois de esvaziar o tanque, verta o banho de paragem e agite por 30 segundos ( se não tiver banho de paragem pode usar uma solução com umas gotas de vinagre ou acido acético diluído em 2%).

a verter o fixador

 

 

3.5- já passámos a parte critica do processo, verta a solução preparada de fixador para o tanque.

Agite a cada 30s por 5 minutos.

Despeje o fixador de volta para o recipiente.

a fazer lavagem

 

 

3.6- Depois do fixador, o filme já não é sensível à luz, pode-se abrir a tampa do tanque.

É necessário lavar bem o filme para retirar restos de fixador e outros químicos.

 

A lavagem pode ser feita com uma mangueira de lavagem durante 5m. Em alternativa encher o tanque com água e inverter 5x, esvaziar; encher novamente e inverter 10x, esvaziar; encher novamente e inverter20x e esvaziar.

Agente Molhante 

3.7- O último passo é aplicar o agente molhante diluido em água destilada, cuja função é reduzir a tensão superficial e permitir uma secagem uniforme da película; este banho deve ser realizado fora do tanque e da espiral, e durar 1m.

 

 

 

Enquanto a película está húmida é mais susceptivel a riscos, teremos de ter mais cuidado na fase final do processo.

 

Depois com o escorredor de película  (ou com o filme no meio dos dedos ) escorremos a água excedente passando 2 ou 3 vezes ao longo do comprimento do filme e colocamos a secar numa a atmosfera isenta de poeiras (uma cabine de polivan, por ex) prendendo a película nas extremidades com pinças, ficando a que tem o peso em baixo.

 

Quando o filme secar corte em tiras de 6 fotogramas e guarde numa folha arquivadora.

 

* Há excepções a esta regra, para o KODAK Tmax e o ADOX CMS 20 a temperatura recomendada são 24º.

 

 

DICAS:

> uma maneira prática de controlar o estado dos filmes é ter os expostos rebobinados até ao fim.

 

> Os químicos são reutilizáveis, no fim de cada revelação guardamos os químicos de volta ao frasco. Por exemplo 1 L de solução de fixador dá para 24 filmes, anotem num caderninho as revelações que vão fazendo.

 

> Há quem substitua agente molhante por fairy, mas um frasco de 1L de agente molhante dá para centenas de rolos.

 

> Para reveladores que é preciso fazer uma solução stock, como o XTOL, podem guardar a solução num bag in a box para minimizar a oxidação.

 

> Para guardar a generalidade dos químicos, frascos de fole são práticos, pois podemos eliminar o ar em contacto com o químico e assim minimizar a oxidação.

 

> Durante todo o processo, nos passos em que a película está em contacto com água/químicos a variação de temperatura máxima aconselhada é de ±5º.

 

> Um filme bem exposto e bem revelado terá um negativo com todos os tons de cinzentos.

 

Referências:

Guia de revelação pb da Ilford

Guia de revelação pb da Kodak

Matriz para compensação de temperatura na revelação pb

Erros comuns de revelação de película PB

Revelar slides em casa

Revelar slides em casa não é uma tarefa difícil, mas exige concentração e cuidados nos pormenores (principalmente atenção à temperatura). O uso do processador rotativo tem como objectivo reduzir as variáveis do processo, pois mantém a agitação e a temperatura constantes.

 

Ingredientes

1 Velvia 100
1 Provia 100F
1 JOBO CPP-2 c lift
1 Tanque JOBO 2521
1 kit tetenal colortec E6 5L
1 Tetenal Protectan
1 par de luvas
 

Procedimento

1-Preparar os químicos

É possível fazer preparações parciais com o kit de 5L da tetenal (mas as medições têm de ser precisas), como esta química tem um tempo de vida curto depois de diluído decidimos fazer uma solução de 500ml para testes, deixando o restante concentrado. Nos químicos concentrados foi aplicado um pouco do gás da tetenal Protectan para minimizar a oxidação. Na medição dos vários reagentes foi usado uma proveta por químico para evitar contaminação.

Segundo o fabricante 500ml dá para processar 6 filmes.

 

2- Carregar os filmes no tanque

Uma espiral da jobo leva dois filmes 120, separados por um clip. Este procedimento tem de ser realizado em completa escuridão e convém ter cuidado com o autocolante que fixa o inicio do filme ao papel protetor.

 

3- Processar

jobo a bombar

A grande vantagem de usar um processador rotativo é a quantidade reduzia de química necessária para cobrir os filmes, no nosso caso são precisos 270ml para processar dois filmes 120. Para além disso o processador mantém a temperatura constante ao longo do processo.

O JOBO CPP-2 demora 90 minutos a estabilizar a temperatura nos 38º, para acelerar o processo foi adicionada água para as lavagens e para o banho maria perto dessa temperatura. O processo E6 tem pouca tolerância a variações de temperatura, pelo que tanto os químicos como a água usada em lavagens têm de ter 38ºC (± 0,5º ). O último banho no estabilizador pode ser feito à temperatura ambiente. 

Os químicos são tóxicos e irritantes em contacto com a pele e com os olhos, é aconselhável usar luvas durante todo o processo.

 

 OBS.Tempo
Pré aquecimento do tanquetanque carregado com filme sem quimica5:00m
Primeiro revelador 

 

 6:30m
Lavar  2:30m
Revelador de cor 6:00m
Lavar 2:30m
Branqueador/Fixador 6:00m
Lavagem final 4:00m
Estabilizador 1:00m
 

Quando os filmes saem do estabilizador têm uma aspecto viscoso e azulado, vão ganhando cor conforme vão secando.

Depois de secar os filmes foram digitalizados com o Epson V500, a seguir alguns exemplos (imagens sem edição):

 

Fuji Provia 100F
Fuji Provia 100F

Fuji Provia 100F
Fuji Provia 100F

Fuji Velvia 100
Fuji Velvia 100

Fuji Velvia 100
Fuji Velvia 100

Fuji Velvia 100
Fuji Velvia 100